sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

2017 em poucas palavras

Final de ano é para mim tempo de balanço. Gosto de pensar no ano que decorreu e derramar-me em gratidão. Alguns anos da minha vida tiveram tudo de bom, outros carregaram em si a dureza da vida com que nos deparamos muitas vezes.
Este ano posso caracterizá-lo como "muito pesado". Aconteceram muitas coisas dificeis. Foi um ano de mudança e de perda. E pense comigo: as duas palavras carregam em si elementos fortíssimos.
A mudança aconteceu em Abril e vim encontrar um país diferente nos métodos mas não nas mentalidades. O ajuste e adaptação aconteceram de forma lenta e com alguma dor. Nós mudámos e a nossa visão está muitas vezes distante do que encontramos aqui. Então, o choque vai acontecendo progressivamente.
Incrível como me consigo, tantas vezes, sentir desajustada no meu próprio território e com a minha gente.
Às vezes pensamos que para nos integrarmos precisamos de mudar e não é verdade. A liberdade de sermos nós faz de nós únicos e isso é um dos bens mais preciosos que temos. Somos nós mesmos quando nos deparamos com as regras da sociedade e não seguimos em fila com os outros, só porque as circunstancias ditam e os algozes dos sonhos querem cegar-nos. 
Deparei-me com a injustiça nos trabalhos, com a brutalidade das palavras, com o negativismo das frases. Estive protegida disso por muito tempo e, então, torna-se dificil voltar a ver e ouvir o espirito de comodismo. Deparei-me com a agressividade e falta de apreciação pelo outro. 
Claro que tenho sobrevivido, afinal estamos onde devemos estar. Mas recuso-me a abandonar aquilo que me fez bem, guardo dentro do peito exemplos fantástios, certa de que farão diferença.
Mudar implica tanto! Mas mudar com JESUS no leme tem garantido a nossa segurança, paz e provisão. Tudo vai bem com Ele no barco. Não há arrependimentos, mas certezas de que as dores da mudança vão amenizando na medida em que Deus usa o que trouxemos de lá para influenciar aqui.
O final do ano foi marcado pela perda. A Maria Beatriz, nossa "sobrinha" por amizade foi levada para os braços do Pai. Quem me segue nas redes sociais sabe que eu sempre acreditei na cura, porque é isso que a Bíblia mostra. Deus ama curar as nossas doenças. Ele mostrou isso em Jesus. Aliás, Ele disse que foi uma das coisas que Jesus foi fazer à cruz. Por experiência já vi momentos em que Deus fez e outros em que Ele não fez, realizando outros milagres. Não questionei muito. Deus é Soberano. Mas sofri e sofro. Não fomos criados para a morte, a eternidade foi plantada no nosso coração e isso traz duas vertentes: uma boa e outra menos boa. É doloroso lidar com uma coisa para a qual não fomos feitos mas as certezas de que estaremos juntos outra vez e para sempre faz-nos ganhar um novo alento.
No dia da morte da pequena, receei o que iria acontecer a cada um de nós que acreditou. Aconteceram milagres. Aconteceu a união. Aconteceu a força sobrenatural que temos visto nos pais. Aconteceu a paz que nunca ninguém entenderá. Tenho muitas saudades dela mas tenho completa certeza que está muito feliz. Jesus encarregou-se, com certeza, de lhe dar um banquete e de a surpreender. 
Então, meus amigos. Talvez este ano tenham vivido coisas muito dificeis, maiores do que as que descrevi. Eu experimentei algo que me derrubou por muitos dias mas que não me derrotou. Deus não permite nada que não sejamos capazes de suportar. Mais importante ainda: Ele interessa-se por permitir o que podemos vencer.
Sou grata por 2017! Sou grata pelas lágrimas e pelos reencontros! Sou grata por desfrutar do que perdi por anos! Sou grata, grata, grata ao meu DEUS que me faz entender que com ELE, tudo irá sempre bem por mais mal que corra. Temos aflições e desgostos. Temos chatices e aborrecimentos. Temos lutas constantes mas não há nada que Deus não saiba. E, melhor, tudo o que colocamos na Sua mão está bem guardado e em construção. Por isso, sonhe! Ponha os olhos em Jesus...milagres acontecem! Por mais estranho que pareça o seu sonho...é mesmo assim. Deus faz coisas assim. Lembra-se de José? Não somos diferentes dele!
Que Deus seja o centro de tudo pelos anos para que nos ensine a viver o nosso destino de forma plena! Que Ele seja exaltado e consigamos espelhar mais do Seu carácter. Quanto mais caminho com Ele, mais certa fico de quem sou e para onde vou.
Deus é tremendamente fiel! Poderosamente interessado!
Feliz Natal e um ano 2018 inesquecivel cheio de sonhos concretizados!
Cátia

domingo, 10 de dezembro de 2017

Detalhes de cuidado

Confesso que ficar tanto tempo sem escrecer aqui dá-me uma sensação de vazio. Na verdade, sempre que venho cá trago novas descobertas, ensino que eu própria recebo, experiências preciosas com o Senhor que tenho necessidade de partlhar para que todos tiremos proveito. Quem não se identifica com situações e palavras dos outros? Estamos a crescer juntos e precisamos uns dos outros para nos encorajarmos e descobrirmos que é possivel vencer pois muitos são os que vão passando a meta depois de uma corrida árdua e angustiante. Isso deve servir de inspiração e nunca de inveja!
As minhas mensagens favoritas são aquelas que trazem como conteúdo a Palavra de Deus. Amigos e amigas presenteiam-me de uma forma diária com versiculos vários que alimentam o meu espírito e acalmam a minha alma. Antes de abandonar a Inglaterra, recebi uma palavra muito interessante que nunca tinha recebido. Está escrita em I Reis 17 num contexto da história do profeta Elias e de uma viúva sem condições que o ajudou. O milagre aconteceu na despensa dela para que ele tambem pudesse comer. Na verdade havia seca sobre a terra e as provisões eram escassas. E ele disse-lhe isto:

"Porque assim diz o Senhor Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará até ao dia em que o Senhor dê chuva sobre a terra."

E eu recebi este versiculo no meu whatsapp referente à minha vinda para Portugal. Na realidade também nós enfrentamos um periodo de seca. Graças a Deus, ainda nada nos falta. Porém quem trabalha na agricultura sabe dos efeitos da mesma.
Nós sabemos que a Palavra não volta vazia, sempre produz algo dentro de nós e no momento da recepção da mensagem, o meu espírito recebeu paz de que nada nos faltaria, mesmo vindo em fé e sem saber o que poderia acontecer. 
O mais interessante foi descobrir o detalhe de Deus. Ele sabe como gosto de bom azeite, de preferencia caseiro. Desde que vim, a minha mãe abençoa-me com muita coisa da terra que ela própria cultiva mas azeite ela não tinha pois não colheram a azeitona no ano passado. Porém, sem nenhuma explicação natural, desde que chegámos, que o meu padrasto nos compra garrafões de azeite na loja do agricultor. Isto é uma benção pois o azeite não é propriamente barato. Sempre que ele me dá o azeite, recordo o versículo e dou graças ao Senhor! Ele é fiel em detalhes!
E agora deu-nos a oportunidade de colhermos azeitona e termos o próprio azeite. Não vai faltar e ainda vai sobejar para dar. Creio!
A Palavra de Deus é vida, é esperança, é alimento. Ela tem um poder incalculável. Tenho visto as pessoas refugiarem-se no Reiki, nos espiritas. Todos andam desesperados para encontrar paz e solução para as vidas caóticas. Nunca vi ninguém ficar sem resposta se for à Palavra, se procurar Cristo, se beber da fonte certa!
JESUS é O Único caminho para uma vida abundante na terra e a certeza de vida eterna no céu! Não há outro!


quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Vencendo o medo diariamente


A nossa vida apresenta-nos desafios constantes. Uns mais faceis que outros e, na verdade, o facilitismo também tem a ver com a nossa personalidade. Cada um de nós tem mais agilidade para umas coisas do que outras. Cada um de nós reage de forma diferente a situações diversas.
Tirei a carta há uns sete anos atrás. Tirei por insistencia de outros para ser totalmente sincera. Eu nunca me via a conduzir. Achava demasiado dificil para mim! Mas lá fiz tudo à primeira e comecei a conduzir. Ganhei-lhe o gosto! No entanto, pouco depois fui para Inglaterra e o facto de haver imenso trânsito e ser tudo ao contrário era uma barreira. Nunca peguei no carro e olhem que precisei bastante mas não me via colocar mudanças com a mão esquerda nem fazer rotundas ao contrário.
Finalmente regressei e estava completamente desabituada de conduzir e na minha mente ia ser algo verdadeiramente dificil. Orei! O meu marido foi um querido e lá saiu comigo. O nosso filho precisa que o leve à escolinha. Isso impulsionou-me. O S. precisa que a mãe seja corajosa. Foi bem mais facil do que previa. Já cometi alguns erros mas os anjos do Senhor estavam comigo e cuidaram de cada situação. Voltei à estrada e isso faz-me feliz. Dá-me a independencia que necessitava sem sacrificar tanto o Tiago. Na Inglaterra era o meu motorista privado para as aulas. Ahah...
Somos, tantas vezes, aprisionados pelo medo. Somos desencorajados por frustrações passadas e ficamos de mãos atadas sem viver plenamente. Deus é por nós e encoraja-nos muitas vezes para não termos medo de nada. Não podemos, de forma alguma, sucumbir ao medo. Precisamos ser ousados e corajosos, enfrentando cada um dos nossos receios com a noção de que Deus está connosco nas situações. O medo, a ansiedade, o pânico têm-nos privado de vencer. São chamadas as doenças do século. 
Nestes últimos dias tenho aprendido a lidar com a Palavra como se de um medicamento se tornasse. A Palavra de Deus é mais eficaz que qualquer outra coisa. As Suas verdades, o Seu encorajamento, o ensino, as palavras de vida são para nós, para nos fazer vencer. Comamos dela, diariamente, constantemente para desfrutarmos da benção de Deus. Como tantos outros descritos na Bíblia passamos por vales, perdas, desafios. No entanto, Deus no controlo de tudo...sempre! 
DEUS e a Sua palavra mudam qualquer circunstancia natural ou sobrenatural!
Seja fiel, submeta-se a Deus, seja humilde e corajoso. O que você não conseguir, Deus fará por si!
Cátia

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Lições de Inglaterra - parte 2

Como é bom relembrar experiências, momentos, palavras,situações que não voltam mas que nos marcaram e mudaram para sempre!
Hoje venho recordar a lição do serviço. Vi na Igreja a forma amorosa com que cuidavam uns dos outros. Falei noutro texto há uns tempos atrás sobre as linguagens de amor e em como nos amamos de formas diferentes consoante a nossa personalidade e linguagem. Por isso, cada um de nós tem em si potencial para servir o próximo. 
Após o parto do S., tivemos pessoas diferentes que vieram a nossa casa trazer refeições preparadas. Foi uma semana maravilhosa. Não nos preocupámos com nada. A quantidade de comida dava para almoço e jantar. Estivemos descansados dessa parte e sentimo-nos mimados pois estar longe de família fez com que tudo estivesse ao nosso encargo.
Esta lição e aprendizado já produziu frutos aqui na Covilhã. Já foi feito com duas grávidas que não dispunham de muita ajuda familiar. Isso faz-me feliz. Esta forma de servir pode, ainda, ser realizada com pessoas que passem por intervenções cirúrgicas e precisem de ajuda no retorno a casa. 
Queria partilhar este texto para inspirar outros grupos a fazerem o mesmo ou algo semelhante. Precisamos viver como família! Alguns de nós erram ao se aproveitarem do próximo e acharem que devem ser o centro das atenções e alvo de cuidado constante. Em tudo precisa existir equilibrio. Às vezes precisamos reconhecer limitações em nós e nos outros e ter um coração aberto à voz de Deus. Ele vai falar, colocar pessoas diferentes no nosso coração, levar-nos a agir. Vai dar a provisão necessária. E, se não der, não fique triste! É porque vai usá-lo de outra forma. Uns dão presentes, outros dão de si, outros dão palavras e abraços.
O que importa realmente é ter um coração disposto. É sentir a necessidade de alguém, é amar com a nossa linguagem própria. É acreditar que o amor é a maior característica do Pai e que nós precisamos ser seus imitadores. 
E em tudo isto encontre liberdade de se expressar não perante as expectativas do outro, mas na sua forma muito própria de ser. E faça sem esperar recompensa.
Acima de tudo, ame e cuide!

Cátia 

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Lições de Inglaterra

Li recentemente uma frase que dizia que existem dias em que ensinamos algo mas todos os dias aprendemos alguma coisa. Somos constantes aprendizes no caminho da vida, inspirando-nos nos outros, em livros, em experiências, vivências, momentos...
Esta semana senti uma saudade enorme de Inglaterra. Momentos que não voltam, pessoas inesquecíveis, lugares memoráveis. Apanhar o comboio para a grande Manchester, percorrer as avenidas cheias de gente, os dias no colégio, na DHL. Nem tudo foi bom, mas há algo em cada vivência que me deixa saudade.
E hoje pensei: não sou mais a mesma porque aprendi tanto e desfrutei de realidades bem diferentes que me fizeram crescer, olhar de forma diferente e ter outra perspetiva sobre diversos assuntos.
E ao rever os videos de casamento de pessoas que conheci lá, recordei algo extraordinário. Eles têm um costume que está tambem a ser adaptado aqui de levar damas de honor e também homens que acompanham o noivo. Combinam cores, roupas e estes amigos intimos escolhidos pelos noivos fazem parte deste momento memorável que é o casamento. Envolvem-se em todos os pormenores. Na Igreja onde estive, têm um costume tocante. Quando ainda em casa com o noivo ou noiva, eles oram antes de sairem para a igreja. Colocam este novo tempo nas mãos de Deus. Rodeiam os noivos e oram com eles. E haverá melhor forma de amar do que orar por alguém? Importarmo-nos com a causa do outro levando-a a Deus, desejando a vitória. 
Não são orações repetitivas, mas pedidos especificos sobre a situação pela qual clamam, não deixando qualquer detalhe de parte. Tudo o que é importante para nós deve ser levado diante de Deus.
Sim...aprendi que devemos orar em todas as circunstancias. A Bíblia diz-nos para não cessarmos de orar (ITess 5:17)
Orar pela nova casa, pelos filhos antes de sairem para a escola, pela segurança e proteção, pelo ambiente que nos rodeia, pelo governo, pelo patrão, por justiça. 
Hoje a A. veio despedir-se. Está de volta à Inglaterra. A minha questão foi: queres que ore por ti? E assim foi. Por entre lágrimas e abraços, entregámos, declarámos a palavra e colocámos tudo o que a incomoda ou traz ansiedade aos pés de Deus. Tem de ser assim, precisa ser assim. 
A oração deve fazer parte do nosso dia a dia. Mais do que ouvir e falar, está a oração.
Se tem algum tempo livre, convide alguém para vir a sua casa. Ore com essa pessoa. Levem os pedidos pessoais e os da comunidade. Tudo pode ser transformado pelo poder de uma oração.
Peça ao Espírito Santo que o ensine a orar usando as palavras certas. 
Jesus passou muito tempo em oração. Quer melhor exemplo?

Cátia

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Fariseus virtuais

Sabemos bem como o mundo faz exatamente o contrário do que Deus ensinou. Estamos absolutamente cansados de ver a Humanidade conduzir em direção contrária à vontade do Senhor.
Lembram-se de Jesus nos ter ensinado a orar? Ele fê-lo fazendo uma comparação aos fariseus que gostavam de se mostrar, tinham prazer em aparecer contristados para verem o quanto eles se sacrificavam em jejuns. Jesus até disse que eles oravam pelas esquinas para serem admirados por todos.
Hoje temo que as esquinas, as praças e as sinagogas se transformaram em "facebook", "instagram" e outras coisas.
Estamos numa necessidade constante de mostrar o que comemos, fazemos, com quem estamos. Isso leva-nos à necessidade de mostrar que oramos, cantamos, jejuamos de várias formas. Sinto um grande perigo em tudo isto pois o ensino de Jesus é que Deus nos recompensa em oculto.
O segredo da nossa oração corre perigo. O secreto já não tem valor. E as horas ficam ocupadas pela futilidade. Precisamos parar um pouco e entender se estamos focados no que é certo ou não.
Necessitamos travar a necessidade de partilha!
Quão bom é desfrutar de momentos a sós sem exposição com Deus e até com os que amamos. No secreto, aprendemos coisas fantásticas. Tu e Deus partilham lagrimas, palavras, afectos! Ninguém precisa estar, saber, observar. Esse é o teu momento!
Não precisamos de palmadinhas nas costas.
Precisamos, sim, de identidade, de valorização própria e de tempo para nos construirmos uns aos outros,

Aprendo todos os dias!!!!

Cátia

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Valorize a diferença!

Li há muitos anos atrás um livro sobre as diferentes linguagens do amor. Naquele tempo parece que fiz uma verdadeira descoberta. Sempre que lia sobre esta ou aquela linguagem, lembrava-me desta ou daquela pessoa. É fantástico entender como somos pessoas diferentes, dotadas de diferentes formas de agir e de estar. 
Mas sabem o que acho mais fenomenal ainda ? É o facto de nos respeitarmos e nos valorizarmos na diferença. Sermos capazes de apreciar a beleza única de cada ser sem grandes pressões. Não nos compararmos constantemente e não esperarmos o que muitos nunca serão capazes de dar.
Para quem nunca leu o livro, parece-me bem especificar as cinco linguagens, segundo Gary Champman: toque físico, palavras de afirmação, tempo de qualidade, atos de serviço e dar presentes.
Quem não se identifica com um ou dois? Quem não consegue identificar os outros nestas linguagens?
No meu caso individual, consigo identificar o toque físico e as palavras de afirmação. Sou alguém que ama abraços e beijinhos. Gosto de estar perto. E uso as palavras para trazer encorajamento e força aos outros. 
No entanto, amo observar os dons que eu não tenho nos outros: sou grata por aqueles que chegam e põem-se logo a cozinhar, servem os outros com atos de serviço. Não se inibem, apenas trabalham. Tenho um amigo que ama presentear os outros. Senpre que visita países mais pobres, deixa a própria roupa e calçado. Tenho amigos que sabem tão bem dar tempo à família. Não deixam que nada os distraia. 
Esta diversidade permite-nos ajudar e amar o outro de formas tão diferentes. Agora não podemos é exigir que o outro nos sirva da mesma forma que nós o fazemos. Alguns de nós não serão capazes de dar um bom abraço, comprar um presente surpresa, preparar uma bela refeição. Assim como temos capacidades, também temos limitações.
Que tal cobrarmos menos e valorizarmos o que o outro pode realmente dar?
Assim construimos um relacionamento em que nos damos em amor com os nossos dons. Claro que vão existir alturas em que precisamos desafiar-nos mediante a necessidade do outro. Mas sabem o que acontece? Vem sobre nós uma capacidade sobrenatural de nos desenrascarmos para superarmos a dificuldade. 
Sou muito grata pelas pessoas que me ajudam com os seus dons. Isso tem sido vital na nossa vida. Na Inglaterra foi assim e nesta mudança preciso reconhecer o que cada um me deu. Alguns foi apenas oração e eu valorizo da mesma forma como quem pintou, quem guarda o Sam, quem faz a sopinha. Tudo é importante e tudo é valioso na nossa vida.
DEUS me ajude a valorizar o que cada um é capaz, sabe e pode dar!
Cátia

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Reflexão

A minha amiga K. de Inglaterra ofereceu-me um presente de despedida fantástico: um livro sobre a armadura que somos aconselhados a usar e que está descrita em Efésios 6. Para os menos familiarizados, trata-se do cinto da verdade, da couraça da justiça, do calçado da paz, do escudo da fé, do capacete da salvação e da espada do Espírito. O conjunto total ajudar-nos-á a vencer as mais duras guerras espirituais.
Nessa leitura que estou a fazer muito lentamente, tenho encontrado grandes verdades e conselhos tremendamente sábios para saber como usar cada um deles e também tenho aprendido sobre a eficácia dos mesmos. 
Quando lia sobre o calçado do evangelho da paz, o autor falou da arma poderosa que Deus nos deu para mantermos casamentos, familias, amizades, igrejas, etc. Trata-se do facto de sermos pacificadores. Ora quem me conhece a mim e ao T. sabe que somos calmos e serenos e que raramente entramos em conflitos. Digamos que temos temperamentos mais serenos e não "fervemos em pouca água."
No entanto, aprendi que não chega. Temos um inimigo perito em discordia, um verdadeiro profissional em semear divisão. Sermos agente de paz em nós mesmos não adiantará muito nesta luta diária de gerir relacionamentos. Na verdade, se formos pela nossa força, depressa veremos quebrados relacionamentos que já existem há anos e que julgamos estáveis e garantidos.
Jesus foi chamado lá em Isaías de "Prinicipe da Paz". Ele prometeu deixar-nos a paz. Ao termos Jesus dentro do coração, deixando-O reinar, permitindo-Lhe moldar-nos e vestir-nos da armadura; ao entendermos que o Seu sacrificio trouxe a verdadeira paz, experimentamos muito mais do que a ausencia de conflito, mas relacionamentos saudáveis e pacificos.
No meio disto tudo, precisei também encontrar equilibrio no julgamento prematuro, na inveja desnecessária, na mágoa gerada em falta de conhecimento. Precisei ocupar a mente e permitir-me gerar maturidade. A luta dentro de nós é grande. Pensamos demais. Ocupamos a mente com absurdos. Nesta altura, experimento colocar o capacete da salvação - o maior bem que temos - o presente eterno que Jesus nos garantiu. E a salvação traz alegria, certeza, esperança! Assim a mente fica guardada e eu sigo com o pensamento no céu - que é o presente garantido por essa salvação.
Hoje fico por aqui, Quem sabe um dia destes aborde mais alguma coisa sobre a armadura. Resolvi partilhar o que me fez bem pensar...espero que vos tenha feito refletir também!
Até breve,
Cátia

terça-feira, 25 de abril de 2017

Recomeçar

Estou de volta a casa!
Recomeçar é a palavra de ordem.
Como a palavra indica, trata-se de começar outra vez. No meu caso em particular, começar outra vez a minha vida em Portugal, nomeadamente na Covilhã. Regressei à mesma casa onde vivi outrora seis anos, estou de volta às minhas mobilias e tarecos que já tinha. A tudo isto junta-se uma bagagem de outros seis anos em que vivi em dois países diferentes.
Então, recomeçar é isto. Adicionar bagagem, libertar-se de outra e saber seguir em frente nas novas circunstancias. 
O lugar é o mesmo, mas tanta coisa mudou. Adicionámos membros às familias, perdemos outros, mudámos de emprego, casamos, tivemos filhos, netos, sobrinhos, abrimos negócios, uma infinidade de acontecimentos.
Lá terei que me adaptar pois apesar de estar em casa habituei-me a outros modos, formas de estar. Preciso fazer o ajuste e também abrir a bagagem daquilo que interessa e que podera servir para construir os outros.
Nestes dias tenho cantado vezes sem conta: "Tua fidelidade é grande, Tua fidelidade imcomparável é..quem é como TU, bendito Deus pois grande é Tua fidelidade!"
Na verdade, preciso reconhecer a presença de Deus em tudo. Sem essa presença tão doce não conseguiria suportar o caminho. Orei muitas vezes como Moisés lá em Êxodo capitulo 33 de que não iria a nenhum lugar se a presença do Senhor não fosse comigo. Ainda bem que Ele foi sempre! Foi visivel a Sua ação ao longo do caminho.
Vivi tantas coisas, vi tantos lugares, experimentei tantos milagres e toques sobrenaurais, aprendi tanto, conheci gente tão diferente, vivi decepções e também grandes surpresas. Fui tão cuidada por este Deus de amor. Para trás deixei uma infinidade de momentos inesqueciveis. Na verdade, não ficaram para trás, mas estão guardados no meu coração onde cabem tantas coisas e tantas pessoas.
Hoje sinto-me grata, abençoada e expectante! 
A mudança assusta-nos mas não nos amarra. Deve ser encarada como crescimento e devemos vivê-la sem medo porque Deus é Pai e Pai cuida! Portanto, agir em fé é fundamental para alcançarmos as promessas e vivermos plenamente todos os momentos que nos são dados. 
Sou grata pelas oportunidades, pelas pessoas, pelas experiencias, por tudo! 
E aqui contamos exatamente com o mesmo: a presença de Deus! É isso que nos move e nos orienta para enfrentar os desafios da mudança. 
Com amor e de Portugal,
Cátia

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Para os que não entendem que Deus é por nós...

Não basta termos o mundo contra nós? Ainda pensamos, todos os dias, que o universo conspira para nos atacar e Deus é o principal cúmplice. Essa ideia só vai atrapalhar mais a visão de tudo e pode ser mesmo uma barreira à vitória.
Vivemos num mundo onde a maldade está bem instalada. Doenças propagam-se, Acidentes acontecem. Desgraças sucedem-se e a vida vai-se desenrolando e adptando a cada nova situação.
Existem pessoas que têm problemas. Existem outros que criam problemas. Existem os que são bons em resolvê-los. Cada um de nós enfrenta situações diversas.
No entanto, quanto mais dolorosa for a vida, mais questões são levantadas quanto ao papel de Deus na dor. Uns culpam-no, outros decidem que Ele deixou de existir, muitos não conseguem lidar com o sentimento de culpa pois vêem tudo como um castigo.
Precisamos concentrar os nossos pensamentos em várias situações que a Palavra declara:
1. Deus é o próprio amor. (I João 4:8)
2. Deus é BOM (Salmos 34:8)
3. Deus sacrificou Jesus, demonstrando um amor inexplicável. (João 3:16)

Diante de tudo isto e sabendo que Ele nos criou para um relacionamento amoroso. Entendendo que as suas leis e mandamentos trazem uma vida saudável e pacifica ao homem. Conhecendo-O intimamente, não há nada que justifique a nossa rebelião. Não há nada que demonstre que Ele infligiria dor a algum de nós propositadamente.

Eu sei ! Eu entendo! Às vezes dói mesmo muito. Acontecem situações além da nossa compreensão. 
Creio que o diabo é mestre em fazer o mal e nos levar a pensar que foi Deus, até porque sabemos que nada é feito sem a Sua permissão. E isso dói em nós. Pensamos: não enviou a dor, mas permitiu-a. Porquê?
Ainda por cima no meio de tanto pensamento, ainda surgem aqueles que gostam de perguntar como os discipulos: "Quem é que pecou, ele ou os seus pais para que fosse cego?" (João 9:2). Muitos tentam encontrar razões para justificar os acontecimentos.Pra quê? Vivemos na terra corrompida que já falei atrás. Situações acontecem. Precisamos mesmo é saber lidar com elas. 

Uma coisa eu sei: Deus está interessado em curar! Deus está interessado em consolar! Deus está interessado em transformar! Deus está interessado em restaurar! Não há nada que me mostre o contrário. O ser humano precisa colocar-se numa postura de humildade e esperança, em busca de revelação e sabedoria. Dele vem a vida e a solução!

Não falo de barriga cheia. Tenho visto situações bem dificeis! O meu coração tem chorado amargamente a dor de ver gente fustigada pelas dores deste mundo. Porém, escolho chorar diante do Senhor. Nem sempre entendo as Suas ações mas confio nelas. Confiança cega? Sim! Prefiro assim porque conheço a Sua soberania e poder. Já experimentei este amor e então sei do que falo. Sei que posso deixá-Lo guiar o barco sem me preocupar.

Quando estava a tirar a carta, às vezes o meu instrutor precisava levar os pés aos pedais ou as mãos ao volante, já que eu era um perigo constante. Vamos parar de fazer isso com Deus. Vamos parar de tirar-lhe o volante e deixa-Lo conduzir como bem deseja.
DEUS é por mim! Deus é por ti! Deus é por nós! (Romanos 8:31)

Escolhe pensar desta forma. O fardo ficará mais leve...

Catia 


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Não abro a porta ao ressentimento!

Hoje acordei durante a noite com o meu filho a choramingar. É algo que acontece a todos os pais, porém eu tenho alguma dificuldade em adormecer logo em seguida. Fico com insónias e o pensamento voa para longe. Mil e um pensamentos ocupam lugar e vêm cansar o cérebro que merecia absoluto repouso.
Esta noite tive um convidado indesejado. Ouvi algo bater à porta do meu coração. Perguntei quem era e a resposta veio. Era o ressentimento. Perguntei-lhe a que devia esta visita. Deu algumas explicações e tentou instalar-se no conforto do meu interior.
As razões eram as mais simples: ingratidão, falta de atenção, desprezo. Relembrou-me algumas pessoas que me têm feito sentir assim. Repetiu comportamentos que me entristeceram. Recordou-me momentos menos bons da vida de relacionamentos. E falou por algum tempo sem me deixar argumentar ou defender quem não estava presente para ser julgado. 
Entretanto vi a porta do coração quase a fechar-se e antes que isso acontecesse, pensei em Jesus: em todas as vezes que O magoaram, que O abandonaram, que O maltrataram! Nunca vi ressentimento Nele. Pelo contrário! Quando olho para Ele, vejo amor maior que eu e compaixão.
Pedi, então, a este senhor que não foi convidado e, ainda por cima, que apareceu a horas indecentes que me deixasse em paz. Tenho mais que fazer. Não tenho tempo para ressentimentos, ofensas, chatices. Preciso paz e serenidade. Nem todos vão gostar de mim, nem todos me vão apoiar e não vou nunca agradar. Sou falha como os outros, estou na roda do oleiro em aperfeiçoamento e procuro aprender a não fazer julgamentos precipitados.
Meus amigos vamos parar de nos ofendermos facilmente. Agora quando digo "não" ao Samuel ou tiro algo das mãos dele, ele faz um escandalo. Chora como se o mundo fosse acabar nos cinco minutos seguintes. Assim somos nós com a vida e com as pessoas. Criamos expectativas elevadas que nunca poderão ser preenchidas por ninguém e pequenas atitudes geram grandes ofensas. E ofensas geram mágoas que por sua vez criam rios de amargura e de falta de perdão. Tudo isso rouba a comunhão com o Pai. Como vamos afirmar "Perdoa as nossas ofensas como nós perdoamos a quem nos ofende"? Não conseguimos! Como é que Ele vai perdoar quem não sabe fazê-lo?
Se estiver a ser magoado ou até usado em relacionamentos manipulativos afaste-se! Mas não permita que isso destrua o seu coração. 
Diga não à presença do ressentimento. Gentil ou abruptamente abra a porta e peça-lhe que saia. Deus vai ajudá-lo a varrer esses convidados indesejados.
Cátia

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Ele vem ...sim! Ele sempre vem!

Domingo passado durante uma conversa com uma amiga, ela disse umas palavras que me ficaram no coração. Falávamos sobre os tempos difíceis que passávamos e ela dizia-me:" esperamos no Senhor porque Ele vem em nosso auxílio... Ele sempre vem! "
Como eu entendo bem estas palavras e o que elas representam dentro de mim. Não houve um momento da minha vida em que Ele não viesse! Sempre que eu clamei de angústia ou desespero, Ele ouviu e correu em meu auxilio. E veio no tempo que Ele determinou, mediante o que a situação exigia. Haverá alturas em que Ele virá imediatamente e, às vezes, leva o tempo que tem que levar. 
E haverá momentos em que virá como um trovão e noutros numa voz suave e quase silenciosa. Lembra-me Elias. Deus sempre veio - com os seus corvos fiéis ou na panela de uma pobre viúva. Recordo Daniel. Deus surgia já no último momento, onde era necessário fechar a boca de leoes famintos. 
O que importa é que Ele vem, qual cavaleiro em busca de libertar a sua amada ou pai segurando a mão do filho para que não caia!
Amigos, Ele vem não importa onde você está, o que já fez ou a impossibilidade que tem pela frente. Clame! Chame por Ele! Grite pelo Seu nome! Não desista agora que está quase a ve-lo! Não desfaleça ! Confie! Espere ! Aguarde ! Por favor .... persevere! Ele vem ... sim .... Ele vem em seu auxilio! Ele vem para conforta- lo! Ele vem para guia- lo! Ele vem para abraça- lo! Ele vem para mudar as circunstâncias!
A única fórmula que resiste a qualquer coisa é a oração - a atividade diária que nos conduz a um lugar de intimidade, compreensão e partilha com aquele que é O soberano e que nos ama como mais ninguém e, por isso mesmo, não fica indiferente aos pedidos desesperados ou desabafos magoados e feridos pela dureza da vida. E, como efeito dessa troca de amor chamada oração, Ele vem e quando passa, nada mais fica igual!
Neste momento preciso que Deus nos ajude a resolver situações que necessitam intervenção sobrenatural! E como sei que Ele é fiel e bom, isso basta para eu saber que Ele vem! Sim ... Ele vem independente de mim mas por quem Ele é! Isso basta ! E Ele virá! 
Vamos acreditar sempre ...
Catia