quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Lições de Inglaterra - parte 2

Como é bom relembrar experiências, momentos, palavras,situações que não voltam mas que nos marcaram e mudaram para sempre!
Hoje venho recordar a lição do serviço. Vi na Igreja a forma amorosa com que cuidavam uns dos outros. Falei noutro texto há uns tempos atrás sobre as linguagens de amor e em como nos amamos de formas diferentes consoante a nossa personalidade e linguagem. Por isso, cada um de nós tem em si potencial para servir o próximo. 
Após o parto do S., tivemos pessoas diferentes que vieram a nossa casa trazer refeições preparadas. Foi uma semana maravilhosa. Não nos preocupámos com nada. A quantidade de comida dava para almoço e jantar. Estivemos descansados dessa parte e sentimo-nos mimados pois estar longe de família fez com que tudo estivesse ao nosso encargo.
Esta lição e aprendizado já produziu frutos aqui na Covilhã. Já foi feito com duas grávidas que não dispunham de muita ajuda familiar. Isso faz-me feliz. Esta forma de servir pode, ainda, ser realizada com pessoas que passem por intervenções cirúrgicas e precisem de ajuda no retorno a casa. 
Queria partilhar este texto para inspirar outros grupos a fazerem o mesmo ou algo semelhante. Precisamos viver como família! Alguns de nós erram ao se aproveitarem do próximo e acharem que devem ser o centro das atenções e alvo de cuidado constante. Em tudo precisa existir equilibrio. Às vezes precisamos reconhecer limitações em nós e nos outros e ter um coração aberto à voz de Deus. Ele vai falar, colocar pessoas diferentes no nosso coração, levar-nos a agir. Vai dar a provisão necessária. E, se não der, não fique triste! É porque vai usá-lo de outra forma. Uns dão presentes, outros dão de si, outros dão palavras e abraços.
O que importa realmente é ter um coração disposto. É sentir a necessidade de alguém, é amar com a nossa linguagem própria. É acreditar que o amor é a maior característica do Pai e que nós precisamos ser seus imitadores. 
E em tudo isto encontre liberdade de se expressar não perante as expectativas do outro, mas na sua forma muito própria de ser. E faça sem esperar recompensa.
Acima de tudo, ame e cuide!

Cátia 

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Lições de Inglaterra

Li recentemente uma frase que dizia que existem dias em que ensinamos algo mas todos os dias aprendemos alguma coisa. Somos constantes aprendizes no caminho da vida, inspirando-nos nos outros, em livros, em experiências, vivências, momentos...
Esta semana senti uma saudade enorme de Inglaterra. Momentos que não voltam, pessoas inesquecíveis, lugares memoráveis. Apanhar o comboio para a grande Manchester, percorrer as avenidas cheias de gente, os dias no colégio, na DHL. Nem tudo foi bom, mas há algo em cada vivência que me deixa saudade.
E hoje pensei: não sou mais a mesma porque aprendi tanto e desfrutei de realidades bem diferentes que me fizeram crescer, olhar de forma diferente e ter outra perspetiva sobre diversos assuntos.
E ao rever os videos de casamento de pessoas que conheci lá, recordei algo extraordinário. Eles têm um costume que está tambem a ser adaptado aqui de levar damas de honor e também homens que acompanham o noivo. Combinam cores, roupas e estes amigos intimos escolhidos pelos noivos fazem parte deste momento memorável que é o casamento. Envolvem-se em todos os pormenores. Na Igreja onde estive, têm um costume tocante. Quando ainda em casa com o noivo ou noiva, eles oram antes de sairem para a igreja. Colocam este novo tempo nas mãos de Deus. Rodeiam os noivos e oram com eles. E haverá melhor forma de amar do que orar por alguém? Importarmo-nos com a causa do outro levando-a a Deus, desejando a vitória. 
Não são orações repetitivas, mas pedidos especificos sobre a situação pela qual clamam, não deixando qualquer detalhe de parte. Tudo o que é importante para nós deve ser levado diante de Deus.
Sim...aprendi que devemos orar em todas as circunstancias. A Bíblia diz-nos para não cessarmos de orar (ITess 5:17)
Orar pela nova casa, pelos filhos antes de sairem para a escola, pela segurança e proteção, pelo ambiente que nos rodeia, pelo governo, pelo patrão, por justiça. 
Hoje a A. veio despedir-se. Está de volta à Inglaterra. A minha questão foi: queres que ore por ti? E assim foi. Por entre lágrimas e abraços, entregámos, declarámos a palavra e colocámos tudo o que a incomoda ou traz ansiedade aos pés de Deus. Tem de ser assim, precisa ser assim. 
A oração deve fazer parte do nosso dia a dia. Mais do que ouvir e falar, está a oração.
Se tem algum tempo livre, convide alguém para vir a sua casa. Ore com essa pessoa. Levem os pedidos pessoais e os da comunidade. Tudo pode ser transformado pelo poder de uma oração.
Peça ao Espírito Santo que o ensine a orar usando as palavras certas. 
Jesus passou muito tempo em oração. Quer melhor exemplo?

Cátia