quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

SOU FILHA! Iupiii!

Como é bom ir a casa da minha mãe. Já não é a casa onde cresci, mas é como se fosse. E o sentimento é o mesmo quando entro na casa dos meus sogros. Ali sinto-me à vontade, como se vivesse lá. Estico-me no sofá, abro o frigorifico, os armários. Sirvo-me. Ando pela casa, com o conhecimento de quem se sente bem-vinda, amada e protegida.
Não preciso pedir para me servir. Não preciso procurar para encontrar algo. Não necessito cerimónias! Estou no meu território e aí encontro intimidade, equilíbrio, segurança!
Sou tratada como filha e respondo como isso mesmo...filha! ... pertenço ao coração da minha mãe e desfruto do que ela tem e para ela é um prazer poder servir-me e ter a minha companhia.
Amo voltar...provar do tempero dela, ouvir as histórias de sempre, ajudá-la nos afazeres e aproveitar os momentos juntas! Não é assim convosco?
Agora pensemos nos órfãos. Por diversas razões, ficaram sós. Não tiveram a presença dos pais, o privilégio de sentir o aconchego de um lar. Então criam dificuldades no relacionamento, na confiança, na entrega. Criam receios, não têm onde repousar e quando lhes é dado um lar, leva algum tempo a que se habituem à ideia de que agora tudo aquilo é deles também. Pouco a pouco vão-se entregando e criando laços.
Como temos sido perante Deus? Aquele que não nos deixou órfãos, mas nos deu o privilégio de sermos chamados filhos. Será que temos desfrutado de tudo o que o Pai tem ou temos sido órfãos receosos e sem confiança? Tratamos a casa do Pai como a nossa? usufruímos de tudo o que ela tem? Abrimos o frigorifico? Tiramos os iogurtes de bênção, unção, presença, paz, fé? Temos intimidade com ELE? Corremos para casa Dele, para um conselho? Amamos passar tempo com Ele? Partilhar as tarefas, ouvi-lo com satisfação?
Desfruta de tudo o que o Pai tem, como filho. Não percas nenhum dos benefícios de ser filho de Deus! Não és órfão e, mesmo que o sejas de pai e mãe, não és no Espírito! Deus chama-te filho e quer ser teu Pai em todos os tempos da tua vida!
Por isso, vive como filho! Entra na casa do Pai, demora-te por lá, passa tempo de qualidade, desfruta da Sua presença e recebe os abraços e aconchegos do Pai, sem medos, sem constrangimentos. Afinal, ali é a tua casa!!

Abracinho e até ao próximo texto,

Cátia

sábado, 11 de janeiro de 2014

Desconstrução - parte I

Jonas é uma personagem engraçada. Deus manda-o a Ninive falar com as pessoas por causa do pecado e ele, conhecendo a misericórdia de Deus, prefere não ir. Foge ao seu destino alegando que ia fazer figura triste pois Deus iria ter compaixão e perdoar todo o povo. Ficou tão descontente que pediu a morte. Já fora da cidade, acampou ao sol. Nasceu uma aboboreira para protegê-lo mas durou muito pouco. Logo, o bicho veio e comeu-a. Jonas passou tão mal, que desmaiou. Desejou a morte com toda a força. Deus ensinou-lhe uma boa lição. Ele estava irritado com tudo...a cidade, a aboboreira e parecia dramático demais até. Jonas percebeu a lição sobre o amor e compaixão de Deus que se preocupava com a sua criação naquela cidade.
 A reputação de Jonas não era o importante, mas as vidas que estavam na cidade!
Jonas via o seu pequeno mundo. Lá ia ele advertir o povo, dizendo que em quarenta dias a cidade ia ser destruída por causa do pecado. Era um agente de más noticias. Depois, o povo arrependia-se e o que iria acontecer? Deus iria ter misericórdia do povo e nada disso aconteceria. E quem é que ficava mal? Ele mesmo.
Jonas não viu que havia algo muito maior que ele. Existia algo muito superior à opinião que pudessem ter sobre ele. Não viu que o seu caminho não seria em vão. Concentrou-se nele mesmo e em pouco mais. Na verdade, as palavras que ele entregou ao povo levaram o mesmo a um arrependimento sincero, e Deus, no seu amor incondicional, perdoou-os e salvou-os! 
Vamos desconstruir-nos de nós mesmos? O que interessa mais? Ficar bem visto e cair nas graças de todos ou falar o que é verdade para que o nome de Jesus seja anunciado em toda a parte? Falar mansinho com a mentira ou ferir com as verdades para que possamos originar mudança nos outros? Aderir às modas e culturas seculares ou ter uma opinião apoiada pela palavra?
Não conseguiremos agradar a todos. E isso nunca deve ser o nosso interesse. Marcar posição sobre assuntos como aborto, divorcio, etc. não nos faz "coitadinhos" mas dadores da vida! 
Estar atentos como pais, educadores, formadores requer de nós vigilância e discernimento espiritual.
Sair da zona de conforto e denunciar o pecado é a nossa missão. Amar e orientar é o nosso desafio!
Por isso, vamos minimizar o ego, as consequências próprias, os nossos interesses e levantar o plano Maior de salvação para toda a humanidade, o amor de Cristo por TODAS as pessoas e não só pelas que nós amamos ou que consideramos moralmente boas.

Bom fim de semana!

Catia

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Desconstrução

Desde que começou o novo ano que esta palavra surge na minha mente inúmeras vezes. Fui verificar o dicionário e encontrei o seguinte: "Desconstruir - desfazer para voltar a construir". Digamos que não se trata de uma destruição, mas uma desmontagem para descobrir aquilo que é impeditivo ao crescimento, que está por vezes enraizado e retirar essas mesmas coisas e reconstruir.
Dentro de nós, deverá sempre existir a desconstrução!
Quantas vezes já nos vimos num caminho desconhecido com a intenção de chegar a um lugar qualquer e o destino não chega? Simplesmente porque continuamos a caminhar na via errada. Depois de algum tempo, lá nos decidimos a fazer uma inversão de marcha e procurar o caminho certo.
É isso!
Na minha vida, preciso repensar algumas coisas. Atitudes, formas de agir, algumas já com muitos anos de prática. Coloquei-as na balança da Palavra de Deus e descobri que as mesmas estão erradas diante do que Deus planeou para mim. O meu ego procura apresentar razões, o meu egoísmo tenta explicar situações, a experiência procura validar os meus erros.
Porém, encontro-me diante do espelho da palavra e encontro erros cruciais. Alguns provocados por esta sociedade que nos tenta incutir os seus valores mascarados de modernismo e outros que desenvolvi sozinha, de forma a erguer muralhas de proteção.
Vamos à prática?
A Palavra diz "Não vos conformeis com este mundo mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis a boa, perfeita e agradável vontade de Deus."
Agimos conforme as tendências da moda, do padrão do mundo, da sociedade em constante mudança. Justificamos as práticas com a evolução da sociedade, como se aquilo que Deus diz mudasse conforme as culturas, tempos ou estações. O pecado entra sorrateiramente pela porta principal e as famílias são destruídas, os lares corrompidos e os nossos jovens passam a viver cada vez mais longe de Deus.
Voltemos à Palavra? Esta é a desconstrução que eu consigo ver. Em cada atitude, ser razoável e procurar a resposta na Bíblia. Será que esta é a forma certa de agir?
Seja nos relacionamentos, no trabalho, na forma de olhar, vamos repensar. Precisamos deixar o Espírito Santo agir, sondar e ensinar-nos a agirmos como homens e mulheres de Deus que não procuram ter razão, mas são humildes para reconhecer o que deve ser mudado. 
Nos próximos textos, iniciaremos uma caminhada sobre a desconstrução. Falarei de aspectos muito práticos que Deus tem colocado no meu coração. Espero que possamos aprender juntos!

Até breve,

Cátia