Senhor, não te importas?

Mais um aniversário se passou. Foi cheio! O dia do nosso aniversário traz sempre algo muito bom. As pessoas lembram-se de nós e enviam palavras bonitas, cheias de carinho. E eu considero-me alguém verdadeiramente rica de relacionamentos e de amor. Numa época em que os relacionamentos estão descartáveis e ao toque de um dedo, prefiro viver o real, o coração disponível, a alegria da partilha. Fazer skype com quem está longe mas apertar e abraçar quem está ao lado. E os últimos dias tiveram momentos particularmente fantásticos.
Praia, amigos, risadas, oração, manifestação de Deus, convívio, surpresas de Deus, união, partilha, sushi, Hagen Dazs e muito mais :) 
E, por isto mesmo, pensava na vida. É tão fácil cantar e exclamar: "Deus ama-me e o Seu amor é incondicional". Afinal, vivemos momentos felizes, com ausência de dor, parece que caminhamos nas nuvens. Sorrimos só de pensar nesse amor. Voamos só de sentir esse amor.
No entanto, quando as coisas não acontecem exatamente como queremos, será que a reação é a mesma?
A nossa mente religiosa está constantemente em cobrança quanto a Deus. Parece que Ele está sempre em divida connosco. Ama mais os outros porque parecem estar extremamente abençoados, cheios de realização, viagens, amigos, sucesso. 
Quantos de nós já questionámos: "Senhor, não te importas?" ... Deus, não te importas que eu esteja solteira aos 43 anos? Não te importas que eu esteja sem filhos com 10 anos de casada? Não te importas que eu não consiga o emprego para o qual apliquei? Não te importas com a minha doença?
Isto recorda-me algo que ouvi da Helena Tannure. Imaginem-se com 2 filhos com alguma diferença de idades. Um, sendo mais velho, passa manteiga no pão com a faca apropriada. O outro faz birra porque também quer usar a faca. No entanto, ele não tem idade e não vai poder usá-la, ou irá cortar-se, magoar-se a si ou aos outros. Mas esse filho vai entender? Não! Vai achar que a mãe gosta mais do outro filho por ter liberdade de usar a faca. Não vai, sequer, entender que não tem maturidade ou coordenação motora para o fazer.
O amor de Deus também coloca limites. Ele não precisa dar nada, para provar que nos ama, pois a Palavra afirma que "Ele amou-nos primeiro" (I João 4:10). Afinal, a vitória não está em ter tudo o que queremos, mas chegar à mesma conclusão de Paulo: "Aprendi a estar contente com o que tenho...posso todas as coisas Naquele que me fortalece". (Fp 4:11-13)
O carácter de Deus não muda e isso é importante de compreender. relacionarmo-nos com Ele diariamente só vai provar isso. Vamos aprender com Ele e crescer. Vamos viver as aflições com Ele ao lado. Vamos livrar-nos dos medos e ser livres, para acreditar que as decisões Dele serão sempre as melhores. Vamos compreender que qualquer espécie de preocupação ou inquietação é rebelião porque sabemos que Ele toma conta de nós. Chega de birras e imposições!
Depois de viver algumas situações bem difíceis, posso afirmar que "A Sua graça me basta"(II cor.12:9). Deus é tudo o que precisamos! Confiar é a palavra-chave em qualquer circunstância. No desafio da confiança, encontramos a resposta......a melhor resposta....nunca a nossa resposta!
DEUS é FANTÁSTICO!
Por isso, seja qual for a luta, lembra-te que Deus ama-te. Não penses que não entende ou não se preocupa. Ele não tem prazer na tua dor. Tenho a certeza que se víssemos o mundo espiritual e invisível, veríamos o exercito de anjos e Deus no controlo de tudo. Não compreendemos todas as coisas, mas o Soberano coordena o Universo, por isso sabe quando, onde e como tudo deve acontecer.
Tu és o centro do Universo para ELE!

Catia