quinta-feira, 28 de março de 2019

Quem sou eu? - Histórias de empatia


Hoje na reunião de oração de mulheres meditámos sobre algo especial e mexeu  tanto com o nosso coração que gostava de partilhar.

Sabemos que a empatia ultrapassa tempos, culturas, raças, História. Na verdade, passamos todas por situações semelhantes. Vivemos desafios muito iguais. Somos sujeitas a emoções e apesar de diferentes reações, dentro do coração as coisas não variam muito!
Já lhe aconteceu empatizar com determinada mulher porque passou a mesma situação? Viúvas que ajudam viúvas, etc …etc! Penso que já me fiz entender. Então, se gosta das histórias deliciosas que a Bíblia nos oferece, com certeza tem a sua personagem feminina preferida.
Hoje o meu desafio é que leia as seguintes descrições e pense em si mesma. Talvez hoje você possa dizer: sou eu! Exatamente eu. Penso o mesmo, sinto o mesmo, as minhas montanhas não são diferentes. Que hoje você se encoraje ao saber que todas elas foram vencedoras e, portanto, você também será!
EU SOU MARTA. Vivo afadigada, numa correria contra o tempo. Quero que as tarefas de amanhã fiquem prontas hoje. Limpo, lavo, passo, alimento, carrego, cozinho, trabalho, sou ombro, sou colo, e tenho noção que o tempo corre sem pressa. No entanto, fui visitada por Jesus e Ele mostrou-me que preciso parar, refletir, ponderar, ouvir. O tempo é valioso e a preciosidade do mesmo vem do tempo passado com Deus. Só assim encontro equilíbrio na agitação da rotina. Portanto, paro pois é tempo de ouvir Deus falar!
EU SOU RUTE! Só, carregada pelo luto e pela inexistência de pertença. Não sei mais de onde sou nem para onde vou. Agarro-me à única pessoa que me transmite esperança. Estou sem alvo, sem propósito, sem enxergar o resto da minha vida. Sozinha, sem marido, com a identidade em causa, preciso de uma mão que me alcance. Corro errante pela estrada da vida em busca de salvação. E, de repente, um remidor aparece, estende-me a mão e o coração. Os sonhos restituídos e no meu colo o avô do maior rei de Israel e do meu ventre sai a linhagem do Salvador. Fui verdadeiramente abençoada!
SOU JOQUEBEDE! Coloquei a minha herança, o meu sonho, a minha fortuna, a minha alegria dentro de um cesto e larguei no rio do desconhecido. Depositei tudo nas mãos de Deus. Deixei que Ele o conduzisse, o guiasse e o parasse no cais da felicidade. Fiquei sem coragem de o ver flutuar, as forças de mãe estão a sucumbir. Choro, corro, espero em fé. E sem que imaginasse vejo a sorte restaurada. A esperança de libertação volta ao meu colo e alimento-o do meu peito. Posso sorrir. O choro de bebé é a certeza de que Deus é fiel!
SOU MARIA! Ingénua, menina, sonhadora, pobre. Deus encontrou algo em mim que nem eu vi. Achou-me capaz de fazer história, de carregar sonhos, de educar, ensinar, instruir e capacitar. Deu-me a força, gentileza e a resiliência de ver além da dor, de guardar tudo no coração para não interferir erradamente no plano do céu. Sim…fui escolhida! Sou escolhida! Serei capaz das grandes tarefas que Deus me incumbir de fazer. Irei mais além do que consigo imaginar porque, simplesmente, caminho no sobrenatural!
 SOU ANA! Humilhada mas amada. Entristecida mas confiante. Desesperada mas submissa. Estéril, desprezada, incapaz de gerar vida. Os outros vêem-me assim. Deus viu além disso e gerou em mim paz e promessa. Orar moveu o coração de Deus. Confiar e esperar levaram-me a receber. Depositar a angústia na mão certa fez com que os céus se rasgassem e a escada que nos une trouxesse a recompensa.
SOU ESTER! A plebeia que virou rainha. Órfã mas nascida para um tempo como este, com um propósito bem definido, com alvos concretos do amor de Deus não só por mim mas por todos os da minha casa e nação. O coração foi preparado pelo temor ao Senhor e o restante preparado nos corredores do palácio. As ações de Deus através de mim pouparam a vida a milhares. Sou uma líder, sou sábia, sou capaz. Tudo porque o que Deus faz por mim contribui para o bem dos que O amam. Parecia não ter nada, mas hoje visto-me de vestes reais e banho-me nos perfumes mais caros da terra.
SOU A VIÚVA DE SAREPTA. Não se importem por não saberem o meu nome pois o mesmo estava escrito na palma do Senhor quando Ele enviou o profeta a minha casa. Viúva, com um filho, sem qualquer valor na sociedade e extremamente pobre. O que tinha eu para oferecer? Elias podia ir a qualquer casa na terra dele e o receberiam com banquetes. No entanto, a doçura da minha forma hospitaleira onde partilho o pouco que tenho chegou ao coração de Deus. O pouco que possuía foi multiplicado. Nunca faltou azeite na botija. Provei da provisão mais pura! Deus é o meu marido, o meu provedor! Ele preencheu cada uma das minhas necessidades!

Eu sou eu querida leitora! Falho mas não sou falhada! Erro mas não sou errante! Tremo mas não estou bloqueada. Deprimo mas não sou triste. Como estou não define quem sou. O que faço não define quem sou. O meu sobrenome não define quem sou. A minha carteira não define quem sou. O meu estado civil não define quem sou. Sou, sim, definida pelo sangue do Cordeiro de Deus derramado na cruz. Sou inteira, sou completa, sou capaz! Sou a soma dos fracassos e das vitórias. Sou, acima de tudo, o que Deus diz que eu sou.
Amada, protegida, cuidada, guiada, sustentada por um Deus Invisível com um amor que me transcende. Cristo vive em mim e isso é suficiente!

Com amor,
Cátia

Sem comentários:

Enviar um comentário