segunda-feira, 16 de julho de 2012

Um passeio em Paris (Incondicional)

Acabei de ler "Incondicional" há poucos dias e, apesar do mesmo falar de perdão radical, não é disso que hoje falo. Achei uma história curiosa e vou partilhar alguns trechos do autor:


"Há alguns anos, a minha esposa e eu passámos uma semana em Paris. (...)Certa noite decidi assistir a uma cerimónia na Catedral de Notre Dame, (...) estranhamente comovido pela apresentação, pronunciei uma palavra de oração: Deus, usa-me mais em Paris! Deixei a catedral e no comboio iniciei a leitura dum novo livro. Na primeira paragem, um jovem asiático entrou e sentou-se à minha frente. Só lhe prestei alguma atenção quando ele disse: esse é um grande livro que está a ler. (...) Continuámos a conversar, descobrimos que eramos grandes admiradores de Fyodor Dostoievsky. O rapaz chamava-se Yu (...) fez-me uma pergunta: ouvi dizer que Dostoievsky foi cristão, sabe-me dizer se é verdade? Neste ponto da conversa, fiquei convencido de que Yu não sabia se eu era cristão. Mas comecei a suspeitar que Deus estava a responder à minha oração. (...)"
Neste momento o autor, partilha a vida de Dostoievsky e de como recebeu um novo testamento num campo de trabalhos forçados e como o evangelho de João foi consolo para ele naqueles tempos.
"Esta foi a história que Yu ouviu no comboio em Paris (...) contou-me que embora tivesse crescido numa família que cria em Deus, sendo ainda adolescente tornou-se ateu e assim permaneceu(....) Ontem, fui a Notre Damme, para apreciar arquitetura gótica e assim que entrei ali, percebi que Deus existia. Sabia que estivera errado. Tentei orar  dizer a Deus que estava arrependido, mas penso que não ouviu a minha oração porque durante anos virei-lhe as costas. 
Respondi-lhe: Yu, deixa-me dizer-te uma coisa. Deus ouviu pois há menos de uma hora estive na mesma catedral onde orei: Deus usa-me mais em Paris. E depois entrei neste comboio e tu também entraste. (...) Deus está a responder a ambos os pedidos. Yu estava siderado e as lágrimas surgiram-lhe nos olhos. Depois disse-lhe: queres conhecer a esperança para o mundo? A esperança que encontrei? A esperança para a paz? (...) Vai para casa e lê o evangelho de João, como fez Dostoievsky e irás descobrir como conhecer Deus, através de Jesus.Irás encontrar a paz que não encontra em mais nenhum lugar.Garantiu-me que assim faria e orei com ele ali mesmo no comboio. (...) Senti-me como um anjo - enviado por Deus."


Partilho esta história numa forma de nos encorajar a deixar Deus agir através de nós. Ele faz parte do dia-a-dia e movimenta-se no nosso interior para agir com o exterior. O mundo é rodeado pelo outro mundo que é espiritual. Esse quer interagir comigo e contigo numa forma de nos levar para mais perto Dele. Quando nos permitimos ver as coisas pelos Seus olhos, quando consolamos com a Sua palavra, quando não perdemos uma oportunidade de falar Dele, levamos esperança e amor. Levamos o melhor que podemos oferecer!
Deus usa quem quer e quando quer. Fica atento e abençoa alguém!


Cátia

1 comentário:

  1. Também fiquei a pensar nesse encontro! De facto, em quaisquer circunstâncias, se estivermos sensíveis, há alguém à nossa frente pronto a escutar a palavra que lhe aconchegará a alma, que lhe alimentará a esperança, que lhe indicará o Caminho!

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