quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Fique offline e seja feliz!

Uma noite destas acordei com uma palavra na minha mente: contemplação! Pensei, automaticamente, numas palavras que li há um tempo atrás de Augusto Cury e que diziam que esta geração está tão absorta em tecnologia que não consegue mais apreciar o prazer da contemplação. Ele apelida-nos de geração de pensamento acelerado. Precisamos da ligação ao mundo virtual para nos sentirmos bem e, muitas vezes, substituimos momentos e pessoas pelo telemóvel, redes sociais, etc.
Sei que temos debatido muito isto e muitos têm feito esforços consigo mesmos e com os filhos para não exagerarem mas o que vejo preocupa-me e entristece-me.
Esta moda dos "lives" do facebook pegou na Igreja de uma forma tal que me incomoda. Explico o porquê. Distrai-me! Quem o faz, certamente tambem se distrai com gostos e comentários. Vou ao culto para louvar, adorar, interceder, ter comunhão com quem está ali. Preciso desligar! Igreja é a comunidade que se congrega comigo, então precisamos cuidar uns dos outros e dar atenção total à presença!
Sinto que as pessoas perdem com fotos, videos, "lives", necessidade doida de partilhar o que está a acontecer. Muitos dirão que é um optimo método de evangelização, mas então podem haver outras formas discretas de o fazer. A movimentação exagerada, a constante exposição afasta-me! Sinto-me a gritar por dentro diante de tanta distração.
Amo estar numa festa em que ninguem se distrai com telefones e apenas usa como necessidade. Sábado estive numa festa de aniversário e dei-me conta que o telefone ficou na bolsa durante quatro horas. Eu nem me lembrei dele. Estávamos ali para conviver, brincar, conversar. 
Precisa de existir um limite em tudo isto. A Bíblia ensina-nos a ser moderados. Precisamos de um equilibrio nisto da tecnologia. Pecisamos parar, contemplar os nossos! Chorar diante da dor, sorrir diante da felicidade! Caminhamos de cabeça baixa. Já não fazemos conversa com ninguém nos transportes públicos! Os nossos filhos ressentem-se, criam hábitos pouco saudáveis e nós vivemos online e completamente offline dos relacionamentos.
Este texto não serve para ofender ninguém! Sou tão culpada quanto os demais. Hoje só quero refletir e viver os momentos, as pessoas, os cultos de forma natural. Quero contemplar os montes, as árvores, o meu filho, a criação, o amor, a beleza, a simplicidade!
Com amor,
Cátia

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